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domingo, 29 de abril de 2012

Adeus amigo.

Só procurei um amigo verdadeiro e foi por isso que dei o melhor de mim, nunca esperei encontrar isto e pior que isso só me aperceber passado quase uma década. Só queria ter alguém comigo que me ajudasse a suportar as mágoas que causam o amor, só queria alguém que me apoiasse nas minhas decisões e me ensinasse a lidar com a saudade. Não queria que me traísses a este ponto de me sentir mal comigo mesma. Tentei apenas ser tua amiga e ajudar-te no que mais precisaras, não queria que chegasses ao ponto de me mentires com todas as tuas maiores desculpas, que me ignorasses com o facto de dizeres que vais dormir. Só queria que me apoiasses em todas as noites de tormento e me ajudasses a entender que não sou assim tão fraca. Procurei-te e aceitei-te depois de tudo, depois de seres deixado por quem mais amas eu estive lá. Estive lá sempre que te sentiste sozinho, ou acompanhado. Sempre que precisaste de um abraço ou de uma lágrima, de um divertimento, de um grande momento, eu estive lá. Chego a uma sensação absurda de pensar que já não gostas de mim como a tua irmã, como a tua princesa, aquela que te ajudou nos momentos mais precisos, nas decisões mais complicadas. Julgava que nunca me deixasses aqui sozinha porque tu melhor que ninguém sabe que sozinha jamais conseguirei ultrapassar isto. Sabes como ninguém que tenho medo de caminhar no escuro e de dormir sem companhia, lembro-me que no início me ajudavas e me fazias companhia até ouvires deste lado uma respiração mais intensa, o significado de que já estava embalada na noite. A tua voz embalava-me como à uns tempos atrás a minha mãe me adormecera. Eras o meu conforto. A minha paz. Mas deixaste tudo para trás, fizeste outras escolhas, mentiste-me, e agora nem te lembras que sofro ou que talvez preciso de ti, porque preciso, preciso de ti como nenhuma outra pessoa.  Eras um amigo e se tu soubesses o quanto foi difícil encontrar-te. Eras o meu único amigo verdadeiro, o meu único ombro. A minha saída. Tenho pena que me tenhas deixado sem me dizer a razão, principalmente com as lágrimas no rosto. Eras a minha única razão de ainda estar aqui, de pé, de cabeça erguida. A razão de à uns tempos atrás não ter cometido uma loucura. Deixaste-me num ápice e creio que nunca mais voltes. Lembra-te que fui eu que sempre esteve lá, que sou eu quem precisa de ti. Vive na tua mentira eu deixo-te como tu me deixas-te, a diferença é que te deixo para viver uma verdade, a verdade de que nesta amizade, a única amiga fui eu. Adeus, até um dia. Lara

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Saudade de novo.

Sentir saudade pode até não ser normal, pode até não ser o melhor sentimento para mim neste momento, mas não é por isso que a deixo de sentir. Não sei o que se tem passado comigo ultimamente mas não deixo de pensar em ti e nesta minha obsessão por alguém que depois de eu lhe ter dado toda a minha força e esperança me abandona. Continua a doer e apertar muito forte cá dentro. Eras um rapaz tão boémio que esta tua ausência me deixa um pouco de rastos. Senti por momentos que tudo poderia melhorar, não sei, apenas um sonho em que irias crescer, sinto-me mal longe de ti. Apercebi-me disso à muito pouco tempo mas acho que foi o suficiente para me invadir de uma grande forma, forma essa que me levou a escrever para ti, mais uma vez. Questiono-me o porquê de achar que ainda estou loucamente apaixonada por ti, pelo nosso amor, se é que ele ainda existe, é isso que me consome. Tenho medo de não estar apenas com uma ligeira saudade, receio que sinta também a tua falta. E sentir falta é bem diferente, posso não conseguir juntar todas as forças que ainda me restam e vencer esta fase, se for saudade... posso ignorá-la e matá-la com pensamentos maus sobre ti. Tenho tanto medo de ainda estar apaixonada por ti, tenho tanto medo de querer incutir sobre mim pensamentos de loucura: outra vez. Vou esperar mais umas horas e tentar superar esta dor, se não conseguir, corro atrás: talvez o que já devia ter feito bem antes de tentar desistir.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Uma mãe

Tem nem nada mais, nada menos do que quinze anos, pele morena, cabelos cumpridos, algumas borbulhas no rosto, aquelas características normais na adolescência. Levava uma rotina bastante dependente do seu pai. Perdeu a mãe com quatorze anos. Refugiou-se no pior caminho - caminho esse que a pôs onde se encontra. Arriscou sem se aperceber. Arriscou demais. Agora está grávida. Sem saber o que fazer. E sabem o que pensa?
Vive na ilusão que irá viver para sempre com aquele amor, engana-se profundamente... e como eu sei disso! Nada dura para sempre e isso é a coisa mais óbvia da vida. Tudo acaba e ás vezes mais depressa do que aquilo que possamos idealizar. Afirma com um tom grave na voz e bastante imperativo que deseja aquele filho. Quer deixar a escola. Quer fugir. Duvido que não o faça. E quando o fizer, como é? Vive debaixo de uma ponte com uma criança no colo? E quando ele a deixar? Fica sozinha com o seu filho e lágrimas a invadi-la? E se tudo correr mal e não conseguir ultrapassar tudo isto, deixando que Deus a leve, a ela e à criança que por tanto está a lutar? Mas... e se conseguir?Está a ser forte de todo, está a lutar todos os dias pela sua decisão. Insiste muito. De facto as mães são fantásticas, as mulheres são lindas, as mulheres tem um coração maior que o reino dos Deuses do Olimpo. A mulher é musa. É esbelta. É arte. É uma maçã verde num dia de verão. É a única luz num túnel sem fim. É tudo de bom, é tudo de mal. Parabéns a todas.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Querido Avô

É como se estivesse perante os teus olhos, é como se me encontrasse na tua presença. É estranho este meu sentimento. Tenho saudades tuas e peço desculpa por não te conseguir demonstrar isso. Já partiste à seis meses e sei que idealizas um má ideia de mim ou então, até não. Aconteceu tudo tão rápido e numa fase super agitada e má da minha adolescência e tu sabes, querido Avô que é uma coisa bastante complicada. Não conseguia reparar nas pessoas esbeltas que me rodeavam, não conseguia ver e embora eu saiba que era grande, o amor que tinhas por mim. Julgava tudo errado e eu a única certa, todos os conselhos para mim não eram nada, ou talvez fossem, talvez para mim não passassem de tentativas para estragar a minha felicidade. Isto é o que o amor nos pode causar - atitudes que nos levam a perder muito. Perdi-te para sempre. 
Actualmente tenho o hábito de usar o "para sempre" em todas as minhas boas aventuras, em todas as minhas relações e depois, quando acabam fico na desilusão comigo mesma por ter acreditado. Contudo esta é a única vez que o "para sempre" é real e para te ser franca às vezes ainda a julgo uma mentira, à poucos dias atrás ainda entrava em tua casa e olhava para o cadeirão de palha onde te costumavas sentar com a mão por cima da tua grande barriga, e esperava alcançar um sorriso. Foram imensos os dias em que cheguei à tua casa e me deparei com a estranha sensação de olhar para cima, onde muitas vezes passavas as tuas tardes de cigarro na mão. É muito esquisito perder-te assim, porque imaginava que Deus não poderia levar alguém como tu, uma pessoa tão fantástica e invulgar. 
Quando era pequenina tomavas conta de mim e creio que é por isso que somos tão parecidos. Ambos temos aquele feitio difícil de entender e era por isso que às vezes quando me sentia injustiçada, dirigia-me ao teu ponto de vigia - um canto situado na parte cima da vivenda amarela e vermelha, e desabafava contigo, eras quem mais me apoiava e dizia as palavras certas, sabias exactamente como me por um sorriso de orelha a orelha. Sinto muitas vezes a tua falta nesse aspecto, e à noitinha ainda chamo por ti, digo o teu nome baixinho para ver se alcanças o meu tom de voz suave, e depois me fazes sonhar contigo mas até hoje e se nunca aconteceu, sinto-me mal por isso. Gostava de sonhar contigo, sabias? Sonhar que estamos os dois numa praia deserta com tudo aquilo que tu mais gostas - um cigarro entre os dedos e um copo de vinho a acompanhar, ou então sonhar apenas com o teu tom de voz meigo, e grave a apontar-me o dedo por todos os erros, e dizer-me qual o melhor caminho a seguir porque me sinto sozinha e esse conselho agora viria mesmo a calhar. Espero por ti todos os dias, sempre... Queria que soubesses que me recordo de ti, e que te amo mais do que qualquer pessoa no mundo. Um beijinho da tua neta, Lara Vidal.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Não percebo

Já corri o mundo da minha imaginação com toda a força e não encontro razão, explicação para tudo isto. Já fiz de tudo para tentar perceber em que ponto baixo te foste esconder mas não o vejo. Não sei de ti, não sei de nada. Por fora mantens essa tua imagem perfeita de um rapaz sedutor louco pela vida e suas loucuras; o rapaz perfeito para se amar e por dentro contínuas destroçado à procura de amor. Nunca percebi o porquê de te cansares a procurá-lo se o podes ter. Não entendo porque procuras tu alguém melhor que eu se tu próprio já admitiste que isso é como procurar uma agulha num palheiro. Não entendo porque me rejeitas, porque foges; não consigo captar a tua atenção. Fugiste por entre os meus dedos, escorregaste sem que me desse conta e agora não voltas. Acusas-me de ter desistido enquanto tu nunca te deste ao trabalho de tentar, é triste ver-te assim - perdido na vida sem querer encontrar uma saída. É muito triste mesmo.

domingo, 8 de abril de 2012

Desculpa-me

Desculpa-me, desculpa por ser diferente de todas as outras com quem estives-te, desculpa o facto de te desejar mais do que qualquer pessoa no mundo. Desculpa-me por isto, por ainda correr atrás de ti, desculpa eu gostar que olhes para mim como uma princesa. Desculpa por te escrever, por te admirar, por te caracterizar como o meu príncipe, desculpa por ser louca pelo teu cheiro e por querer que me beijes sempre que estás por perto. Desculpa por ainda usar as peças de roupa que me ofereces-te, por ainda chorar por ti. Desculpa-me por olhar para o telefone de cinco em cinco minutos. Desculpa-me por ter saudades tuas, por sentir a tua falta. Desculpa estar ansiosa pela próxima vez que nos encontramos. Desculpa por te pedir sempre que te vejo para dormires comigo, desculpa que te peça um abraço, desculpa eu dar tudo de mim, desculpa eu não sorrir por não te ter por perto. Desculpa ter-te perdido desta forma.Desculpa-me por não te conseguir ver com outra. Desculpa-me por precisar de ouvir a tua voz. Desculpa-me por não te conseguir deixar. Desculpa-me por não te conquistar. Desculpa-me por te amar.Desculpa-me por sofrer.

Amanda Martins

Há dias em que só preciso de uma coisa, dias em que me sinto sozinha de tal forma que só contigo me sinto aconchegada. Há dias em que só preciso de um café e de uma conversa formal para ficar bem. Há aqueles dias horríveis que me põem em baixo, aqueles que não existe um sorriso no rosto e só uma palavra tua me vai fazer ficar em cima. Aqueles em que quero tudo menos ficar no mesmo sítio, que quero fugir e a maior vontade é desaparecer e nesses eu só preciso de um abraço e embora a distância não o permita eu penso que te tenho aqui e tudo volta como um dia novo. Há aqueles dias em que fico a pensar se vale mesmo a pena viver e aí surge-me uma imagem tua e desse sorriso fantástico e tudo muda, a vontade fica diferente, surge a vontade de ficar contigo, de correr atrás de ti nem que te encontres no ponto mais elevado do mundo. Há aqueles dias que só tu me fazes ser quem sou, quem quero ser e só o consigo fazer se estiveres comigo. Só preciso de ti, não quero mais ninguém, só preciso dos teus beijinhos e dos teus abraços fantásticos, das tuas gargalhadas e das tuas coisas sem mínimas piadas. Só preciso de nós, da nossa amizade, só preciso de saber que existes e que és a minha melhor amiga! Eu só preciso de ti porque tu és a melhor pessoa do mundo e eu amo-te muito. Amanda Martins.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Água mágica

Não sei o que te aconteceu, estás tão diferente...Não reconheço o teu toque e tu não reconheces a minha voz. Não te esqueceste dos meus pontos fracos e eu não me esqueci do belo sorriso que transportas no rosto. O teu corpo já não desliza no meu, ficam os dois tão ásperos, imóveis. A tua boca não tem a mesma intensidade, as tuas mãos não têm a mesma magia, não causam  o mesmo efeito. O nosso amor não pode ter morrido, diz-me que não morreu. Dá-me a ultima esperança, creio que a tenhas contigo. Diz-me que tu ainda tens dessa água mágica, diz-me que guardas apenas um pingo. Um pingo basta para me fazer amar-te outra vez, um pingo basta para o nosso amor reviver de novo. Diz-me que guardas ainda alguns momentos por partilhar, diz-me que o meu amor não se esgotou, tem de haver mais. Diz-me que isto não é possível, diz-me por favor, faz-me mudar a minha opinião sobre ti fazendo-me acreditar que não desistis-te e que tens o que é preciso para isto resultar. Oh meu amor, diz-me que isto não é assim, diz-me que não acabou.
Confio em ti e por isso vou esperar que me deixes beber dessa água novamente, eu espero, mas não me faças esperar muito porque a água mágica do nosso amor é o que me faz viver, respirar, ter força e sem ela eu não sou nada.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O problema é mesmo a vida ter vários caminhos, várias escolhas, porque acredito que se não tivesse tu ainda estarias aqui, não terias desviado o teu caminho, não te terias desviado de mim.