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sábado, 30 de junho de 2012

Espero sempre pelo momento certo para escrever para ti. Somos dois seres desconhecidos interiormente. Conheces a minha aparência mas pouco sabes acerca do meu coração, calculo que não sonhes a força com que ele bate por ti, sem motivo ou razão, bate devagar, e no meu pensamento estão definidos com rigor todos os nossos momentos sobre a tua leve cama. Conheces o meu corpo mas duvido que saibas que é por ti que ele sente desejo. Tal como tu eu apenas sei o teu nome, conheço a tua história, e aprecio o teu corpo, não consigo chegar à conclusão do que queres para o teu futuro, não sei o que te corre no coração. Não entendo o teu olhar. Tão coberto de ternura e ódio ao mesmo tempo, não percebo os teus pequenos gestos e não sei porque motivos os fazes. Ficaste com ela e não comigo, sinto que a forma como a agarras não é com o mesmo prazer que o fazes comigo. Passamos horas a trocar olhares, parecemos duas crianças a fugir de um monstro. Não entendo porque me olhas se é com ela que estás. Gosto de te ver feliz e não o estás. Sabes que na minha casa mora a felicidade e tu tens a chave da porta principal. O meu corpo é um labirinto, um labirinto enorme onde tu te perdes mergulhado no prazer. Espero por ti, sempre. Guarda estas palavras no te coração e transmite-me pelo olhar que as entendeste, afinal é assim que entramos em contacto um com o outro. Adoro-te. Gigante D.

sábado, 16 de junho de 2012

Morte de uma amizade

Não é coisa fácil e no início pertorbou-me imenso, julgava já não saber viver sem as tuas rizadas, as nossas viajens, as nossas lágrimas derramadas e os nossos abraços de consolo. É como se um barco se tivesse perdido no alto mar e agora ninguém saiba dele. Quero que saibas que me magoaste imenso, porque depois de tudo este fim foi demasiado brusco. No meu coração estavas guardada como um anjo, e imagina que no meu grande coração existe uma igreja, lá eu tenho um altar, e no topo estavas tu, sempre de sorriso no rosto, pronta para alinhar nas minhas loucuras, disposta a enviar-me um sorriso ao coração. Tomava conta de ti como uma princesa, acariciava-te o cabelo antes de adormeceres e mimava-te sempre das melhores formas possivéis. Contudo não quizeste ficar, não sei se achas-te o meu coração pequeno demais para ti, o que eu acho incrível porque sempre considerei o meu coração enorme, embora na minha cabeça tu tenhas partido simplesmente porque a tua cabeça anda numa confusão e com muita pena minha aposto que já choraste imenso desde que parti. Eu não quero que chores, quero que sorrias porque devemos estar de acordo com as nossas decisões, eu estou de acordo por ter de partir da tua vida, sentia-me a mais.
Vou-te confessar uma coisa - sempre gostei mais de ti do que de qualquer outra amiga minha, talvez porque tu eras e és diferente. Tens uma alegria máxima que me percorre o coração e é impossivél manter uma postura zangada contigo por perto. És linda, és fantástica e gostava que conseguisses agarrar todas as lágrimas que deito agora e as guardasses no teu coração. A morte de uma amizade é a coisa mais triste do mundo, doí, aperta. É quase como a separação de dois seres que se amam. E por isso é preciso andar de luto, e o meu luto por ti são todas estas palavras que aqui estão presentes. O meu coração está de luto por ti e por isso prometi-lhe que para o teu lugar não arranjava mais ninguém. Quero que penses bem, porque tu erraste, não faz mal teres errado porque eu também erro. Arruma a tua cabeça, ordena o teu coração e quando isso acontecer eu vou estar aqui para ti, como sempre estive. Vê-se te despachas com essas pequenas mudanças porque eu já morro de saudades tuas. Vou esperar, como quem espera por um amor toda a vida, vou esperar como espero que um dia uma estrela me caía na varanda. Vou esperar como espero um dia conseguir navegar sozinha por todo o mundo, porque tu és a coisa mais importante da minha vida. E se achares que não deves voltar então não voltes, mas sê feliz, eu espero na mesma. Adeus. Um beijinho Lara vidal.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Laços de aprendizagem

Podia começar por dizer que estou muito triste com o facto de me ter de ir embora, por contar todas as nossas brigas, podia simplesmente dizer que vos adoro mas prefiro insistir comigo mesma e esforçar-me a dizer mais, quero mostrar de uma maneira diferente e não daquela forma bruta que vos faz pensar que sou a pessoa mais esquisita do mundo. Quando me juntei a vocês estava tudo complicado, a minha vida andava as voltas, e eu, encontrava-me perdida num labirinto enorme, posso dizer também que vocês fizeram com que seguisse as pegadas certas.
No início sentia-me um pouco transtornada por ter de repetir o ano e ainda por cima com "crianças" mais novas que eu - sabem que na minha cabeça eu não tenho apenas quinze anos. A minha cabeça estava baralhada porque afinal de contas estava a sair do "meu mundo" para entrar num mundo novo, cheio de coisas diferentes que para mim na altura eram estupendas. Não queria amizades porque para mim amizades eram aquelas que tinha feito a uns anos, com quem cometia loucuras, saia à noite e depois corria para a praia e quem diria que todas essas amizades me iam deixar e depois de tudo vocês é que me colocaram um sorriso no rosto, uma esperança de felicidade. De facto é mesmo verdade que a vida dá voltas e voltas, é mesmo verdade que eu nao sou a pessoa rebelde, a má, a fumadora, a doida, é mesmo verdade que eu também tenho um grande coração e que afinal não são só as loucuras que me fascinam.
Quem diria que algum dia escreveria para vocês, quem diria que um dia ia chorar por ter de vos abandonar. Passou apenas um ano e este laço que me liga aos vossos corações está cada vez maior. Vocês mudaram-me por completo, e eu gosto de me sentir mais nova, gosto de regressar à minha infância. O que vocês estam a viver eu vivi com talvez os meus dez anos, cresci rápido demais e hoje arrependo-me imenso por isso, deixei a vida ficar para trás, com a pressa de viver mais não aproveitei os momentos certos e foi isso que me baralhou até hoje. Não sei se me vêem apenas como alguém desinteressante que odeia a boa vida, mas se assim o é gostava imenso que a vossa opinião mudasse como a minha mudou acerca de vocês.
Cada um com a sua forma maravilhosa de ser, com o seu enorme coração com espaço para toda agente. Cada um com um sorriso lindo no rosto, com a sua forma contagiante de viver a vida. Eu cresci com todos vocês, uns mais que outros mas não é por isso que deixo de gostar de todos. Eu adoro-vos como adoro as estrelas; o mar; os livros; a escrita. Ajudaram-me a entender que a vida é bem melhor no caminho certo do que no errado e eu estou-vos eternamente grata por tal. Jamais me esquecerei de vocês; de nós. Espero que sigam o vosso caminho assim como eu vou seguir o meu e tentar incutir tudo o que me ensinaram daqui para a frente. Foram uma etapa muito importante no meu percurso e por isso desejo-vos as maiores felicidades de sempre. Concretizem os vosso sonhos. Vivam um passo de cada vez, não tenham pressa de crescer porque o que conta não é o nosso tamanho ou a nossa experiência com a vida, o que importa é o tamanho do nosso coração, a inteligência do nosso pensamento. Vocês são as pessoas certas; Um grande beijinho, Lara Vidal

quarta-feira, 13 de junho de 2012

De novo no chão e agora onde me agarro? as saudades voltaram a apertar, a falta de uma vida bem vivida sem ser lançado um sorriso falso para mostrar uma felicidade que talvez exista mas que eu ainda não a descobri. Viajei e não me fez nada bem porque não é este o lugar que eu quero estar. Mas afinal, que lugar é esse? Onde fica? Está longe, perto? Vou desafiar o meu sexto sentido e seguir o caminho que os meus pés decidirem pisar. Vou sair depois destas linhas, passear, abraçar o rio, abraçar este novo ar, esta nova gente, este lado da vida. O caminho certo não deverá ser assim tão longe, secalhar à distância de um braço ou então, quem sabe noutra galáxia, noutro sitio. Não me sinto em preparos para falar à cerca de felicidade, já não escrevo à um longo periodo de tempo por me ter iludido de que estava feliz e agora que caí, não sei mais para onde ir porque afinal de contas já corri o mundo, já viajem em minutos, já percorri o meu coração e já dei todas as voltas possivéis na minha vida. Não sei mais para onde ir. Não sei mais onde procurar a felicidade porque já esperei demasiado tempo, e é certo de que quem espera sempre alcança mas a minha espera está a prelongar-se pelo tempo fora. Está a roubar-me uma vida, a tirar-me do rosto os sorrisos, está a destruir a minha forte personalidade que antigamente ainda escondia as minhas tristesas do mundo exterior. Não sei. Sinceramente não sei. Só tenho a certeza que estou sozinha. A certeza de que sem ti não sou absolutamente nada. A certeza de que já não me amas.
Contudo todas estas palavras para ti não passam da minha parte fraca, e por isso achas que me estou a humilhar, bem por um lado tens toda a razão do mundo porque não merecias nem uma palavra do que sinto por ti. Fico por aqui com todas estas linhas, com todo este sofrimento. Vou sair, vou correr, vou cometer uma loucura. Beijo Lara.