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domingo, 27 de maio de 2012

Quero que saibas que ultimamente me tenho sentido bastante diferente. Dou comigo a relembrar o passado e sei de cor tudo o que fazia para te atrair até mim. Mensagens atrás de mensagens, publicações no facebook, músicas com o pensamento por inteiro em ti. Mandava-te cartas a contar como estava a minha vida e dizia em muitas delas que me encontrava feliz como nunca, com um novo amor, com novos amigos e que por isso suportava agora no rosto um sorriso ainda mais brilhante do que o outro. Não sabia exactamente se conseguia atingir o que queria, nunca soube se com tudo isso alguma vez te importaste ou te sentiste mal por ouvires da minha parte que tinha seguido com a minha vida. Queria-te completamente para mim, o que me levava a todas essas atitudes.
Contudo parece que agora tudo mudou, não mudou de uma forma radical porque ainda te continuou a amar como nunca, a desejar como as barragens desejam a água quando estão em período de seca. Tal com antes eu sinto-me a tua princesa, já me mentalizei que o meu coração só te pertence a ti, que as minhas mãos são só das tuas e que o meu corpo só se entrega com paixão no teu. Isso não é de todo significativo porque me sinto capaz de viver a vida ao máximo mesmo sabendo todas essas coisas patéticas do amor. Importaste-te tanto em mostrar-me a tua melhor imagem que agora quero que penses sempre que acredito nela. Quero que penses que acredito no trabalho imenso que tens ao esconderes-me tudo aquilo que sentes porque de facto tens sido muito corajoso em conseguires fazê-lo. As coisas mudaram e eu finalmente percebi tudo isso, compreendi que não podia ficar presa a ti completamente mas que também não me devia desprender de quem mais amo neste mundo, da pessoa mais importante da minha vida. Agora limito-me a deixar as coisas andarem e já não corro atrás, quando sei que estás por perto não tento atingir a tua atenção, fico imóvel à espera que o teu olhar encontre o meu, que o teu coração sinta o meu batimento, resulta porque me encontras sempre. Sou sempre a tua princesa de olhos verdes e cabelos loiros mesmo que esteja a sessenta quilómetros de ti. Será sempre por mim que vais chamar quando a solidão te invadir o quarto verde, a cama confortável. Sei agora, e melhor do que nunca que eu e tu seremos sempre um só, mesmo quando o teu coração se encontra na maior confusão de sempre e por isso espero, espero todo o tempo que for preciso e enquanto isso vou vinvendo a minha vida, comendo as minhas laranjas, escrevendo as minhas coisas, pela simples razão do que o que é para mim os ratos não roem. Um beijinho Lara Vidal.

terça-feira, 22 de maio de 2012

És a minha laranja.

Já escrevi tantas e tantas vezes sobre coisas que não sentia. Já inventei palavras para caracterizar pessoas que não são nem um pouco daquilo que tu foste. Já comi todas as laranjas da minha fruteira e a ti, reservei-te sempre para o fim. Não entendo porquê, sempre foste tudo e mais alguma coisa e por isso não consigo compreender o porquê da minha insistência de te deixar para trás em tudo o que faço. A nossa época está a chegar e é por isso que te comparo sempre com as minhas adoradas e doces laranjas, o verão é sinónimo de calor, e tu sabes que quando está calor me sento no baloiço mais antigo do nosso parque e devoro-as todas.
Vais e vens e consegues sempre deixar-me a tua marca assim como o verão me deixa o tom acastanhado brilhante na minha pele. Depois de partires os dois primeiros dias custam-me a voltar a minha rotina cansativa também como me custa começar as aulas em vez de ir dar um belo mergulho. Depois tudo muda. Deixamos de falar, e o cheiro a verão já não se sente em mim. Deixamos de se olhar com um significado nao compreendido por ambos, e a praia deixa de ter a mesma areia. As saudades apertam, e as ondas da nossa praia vão crescendo conforme o tempo. O sentimento cresce e passado todo este tempo é que me vejo a dar conta dessa situação. Já passámos por tanto que preciso de ti de uma forma diferente, preciso de ti comigo sempre. Quero-te comigo como nunca quiz ninguém.
Já não consigo olhar para ti e dizer " isto é o meu melhor amigo ", quero poder dizer-te " és o melhor namorado " porque tenho a certeza que o serás, tenho a certeza que me conseguirás fazer a mulher mais feliz deste mundo porque já o fazes só por me protejeres das menores coisas. Afastas-te, e mais uma vez como as ondas se afastaram da rocha grande onde apanhávamos sol. Mas não faz mal porque eu fico contigo na mesma, em todas as ocasiões, quando partires eu chorarei e quando regressares eu vou estar aqui, no mesmo sitio de sempre à tua espera. Sei que nunca me abandonarás como eu de vez em quando te abandono a ti. Volta para mim como as ondas estão a voltar. Caí nos meus braços como as laranjas me caiem nos cinco dedos, porque eu preciso de ti para me amar como preciso delas para me refrescar.
Um beijinho da tua princesa de olhos verdes e cabelos loiros, um beijinho de quem sempre te amou. Lara.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Um dia quero sair daqui, um dia quero ser tudo e noutro não quero ser absolutamente nada. Quero viajar, quero um passeio de barco, quero uma estrada enorme só para mim. Quero acampar bem longe deste sitio onde me encontro e sentir-me livre - capaz de não sentir amor por um longo período de tempo. Quero mil laranjas na minha mão, quero um sol que brilhe só para mim, quero que o vento traga de volta as coisas que ficaram com a minha infância. Quero os sorrisos das pessoas mais lindas.Quero voar, correr, fugir, desaparecer por momentos (...) Quero ir ao lugar mais longe do mundo. Quero apalpar as estrelas, quero abraçar a lua, dormir nas núvens. Quero música, quero admirar o céu estrelado nas noites mais frias. Quero uma tatuagem do infinito, quero saber onde acaba o mundo, quero prevêr o futuro. Quero saltar da maior cascata, quero subir na árvore mais alta do pinhal e gritar que amo sonhar. Quero a voz do meu avó a embalar-me em todas as noites. Quero poder dizer todas as palavras que ficaram por dizer. Quero saber quantas as pessoas verdadeiras neste mundo. Quero perguntas, quero respostas. Quero sonhar sempre. Não quero acordar nunca.

terça-feira, 15 de maio de 2012

p-e-r-d-i-d-o

Quero que pegues a mochila que mais gostares e coloques ao ombro. Quero que sintas as alças a roçarem no teu ombro. Coloca lá dentro, primeiro, as coisas mais leves. A tua roupa, os teus brincos, os teus sapatos. Agora junta ás coisas leves a tua cama, o teu maior urso, o candeeiro cor-de-laranja, o frigorífico cheio de coisas boas, o carro, a casa, sentes o peso nas costas? Sentes a dor?
Caminha, vai sempre em frente. Está mais pesado? Continua, um pouco mais à frente, isso, aí mesmo. Senta-te  e tira da tua mala a maçã verde que está dentro do frigorífico, e a água também. Encosta-te nesse muro velho coberto de flores e folhas secas, o sol não bate e a temperatura está amena, aproveita agora. Passa a mão pela testa e enxuga as lágrimas de cansado que te caiem sobre o rosto seco. Não penses em mais nada, se quiseres deita-te, aconchega-te. Mais logo eu volto. Descansa. Amo-te. Lara Vidal.

Perdeste-te do nosso caminho, gostava de te encontrar de novo. Estarás bem?

domingo, 13 de maio de 2012

De novo, Gigante D

Estás de volta. A esta hora já deves ter chegado ao nosso maravilhoso pais, e aposto que o teu sorriso já é contagiante. Não imaginava este teu regresso repentino, e penso ainda nao estar preparada para um turbilhão de emoções. Desde o dia em que partiste que nunca mais soube uma única novidade tua, nunca mais perguntei por ti aos teus estranhos amigos de infância. Segui a minha vida, mais uma vez, deixando para trás todas aquelas noites de prazer a que me proporcionavas, deixei de olhar para o local onde punhas as pessoas a vibrarem com as tuas músicas e, devagar, sem pressa alguma deixei as coisas irem por si próprias. Deixei de me relembrar de ti, deixei de pensar que um dia voltarias e acima de tudo mentalizei-me que de nós não podemos ser um só. Cada um por si, foi assim que meti na minha teimosa cabeça que não eras o rapaz certo para mim - ao longo deste caminho começo a ter as minhas dúvidas de que esse rapaz existe. Para ser verdadeira com o que escrevo não posso deixar de referir que, de vez em quando, as saudades me apertavam o peito e os cigarros me matavam a ansiosidade de te querer aqui. Partiu-me o coração ver-te partir, não conseguia deixar de pensar como seriam os meus dias apartir daquele momento, sem ti. Eras o meu porto de abrigo e como tal abrigaste-me da minha própria solidão, deixaste-me feliz, não com os mais belos gestos de amor mas sim, com toda a paciência que me dedicavas nas breves horas. Gostava de ti, e aliás gosto, porque tens tudo o que eu adoro num rapaz e sendo que és mais velho, fazes-me sentir bem. Agora estás de volta e o meu coração espera pelo dia em que me voltas a acolher nos teus braços, espero pelo dia em que te vejo entrar de cabeça erguida pela porta da minha casa. Espero que me venhas visitar e também espero estar preparada para te receber. Sabes que eu gosto muito de ti, Gigante D.

quarta-feira, 2 de maio de 2012


Não chores. Não te sintas mal com tudo isto. Morres de saudades e não consegues parar de relembrar todos os momentos, todas as alegrias. O teu sorriso mantém-se mas o teu coração está ferido, continua a doer como no princípio e agora sentes-te mal por alguma vez teres pensado que tudo isto estava ultrapassado. Deixaste de lhe comunicar e agora lamentas-te por isso e metes em questão a oportunidade de o poderes conquistar. Pensas que a culpa é tua. Estás a sofrer. A sangrar do coração e quando passas a mão pelo peito sentes o seu batimento - lento como o sofrimento. E bate quase com a vontade de parar, mas não pára, não o faz porque é forte, porque tu és forte. O corpo está a ficar fraco e estás a tentar esconder todos estes sentimentos obscuros e ofegantes. Está a ser difícil. A tua tristeza vai-se notando. Precisas de um abraço, de uma festa no cabelo. E… nem sabes como te entendo, passo por isto todos os dias, todos os minutos, mas aguento, sou persistente comigo mesma, então, corto os pulsos e deito fora o sangue avermelhado que o coração tenta guardar.
Lara Vidal.