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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Uma mãe

Tem nem nada mais, nada menos do que quinze anos, pele morena, cabelos cumpridos, algumas borbulhas no rosto, aquelas características normais na adolescência. Levava uma rotina bastante dependente do seu pai. Perdeu a mãe com quatorze anos. Refugiou-se no pior caminho - caminho esse que a pôs onde se encontra. Arriscou sem se aperceber. Arriscou demais. Agora está grávida. Sem saber o que fazer. E sabem o que pensa?
Vive na ilusão que irá viver para sempre com aquele amor, engana-se profundamente... e como eu sei disso! Nada dura para sempre e isso é a coisa mais óbvia da vida. Tudo acaba e ás vezes mais depressa do que aquilo que possamos idealizar. Afirma com um tom grave na voz e bastante imperativo que deseja aquele filho. Quer deixar a escola. Quer fugir. Duvido que não o faça. E quando o fizer, como é? Vive debaixo de uma ponte com uma criança no colo? E quando ele a deixar? Fica sozinha com o seu filho e lágrimas a invadi-la? E se tudo correr mal e não conseguir ultrapassar tudo isto, deixando que Deus a leve, a ela e à criança que por tanto está a lutar? Mas... e se conseguir?Está a ser forte de todo, está a lutar todos os dias pela sua decisão. Insiste muito. De facto as mães são fantásticas, as mulheres são lindas, as mulheres tem um coração maior que o reino dos Deuses do Olimpo. A mulher é musa. É esbelta. É arte. É uma maçã verde num dia de verão. É a única luz num túnel sem fim. É tudo de bom, é tudo de mal. Parabéns a todas.

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