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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Lenço vermelho

Cheirava como uma flor cor-de-rosa deserta, encontrada no meio de uma floresta. Possuía a magia de uma pessoa feliz, de um coração palpitante pela vida. A sua cor trazia consigo o significado da vida, de um tom cor de vinho, de uma lã doce. Depois de encontrado o lenço de Joe a sua vida não voltara a ter o mesmo significado. Joe vivia em escadas rolantes, corria de um lado para o outro, era impossivél acompanhar o seu ritmo no dia-a-dia. Sapatos desportivos, umas jeans velhas e uma t-shirt era assim que aproveitava todas as suas pequenas pausas fora da vida na cidade. Joe morava num casebre três vezes por ano, fazia questão de se mudar em certas alturas, e, não comunicava com quem lhe era mais chegado a sua decisão, fazia-o livremente, porque certamente achava necessário. Não tinha tempo de fazer compras, e apesar da sua vida ser uma correria, jámais perderia tempo em entrar em lojas, ou a almoçar em shoppings, não, joe cozinhava uns legumes e se necessário numa das suas pausas saboreava-os acompanhada pelo sumo de laranja e pelo seu infalível cigarro fino.
Joe num dos seus pensamentos, apeteceu-lhe correr - devemos sempre fazer aquilo que nos apetece em relação à vida porque afinal de contas ela é para ser vivida da maneira que nos apetece. Decidira por tanto viajar até á sua casa de cambridge. A casa situava-se bem longe de tudo, ali não haviam carros, nem barulho. As folhas agitadas formavam o passo da sombra da vida. As janelas eram enormes e tinham uma vista fabulosa, a sua secretária de madeira mostrava um ar de solidão, rodeada de livros, notava-se ali, que a casa era usada poucas vezes. Joe pegou no seu lenço vermelho pôs um pouco do seu perfume antigo e saiu. O vento batia-lhe na cara. Estava frio. Joe precisava de algo mais mas contudo tinha em cosciência de que não lhe faltava nada, afinal, o que nos pode faltar quando a vida nos corre bem? Joe sentiasse abraçada pela vida, mas não pelo calor ardente do amor, Joe sentiasse bem com ela própria, mas não com o seu coração.
A vida nunca nos dá tudo e quando o faz aproveita os pequenos segundos pois ela assim como te dá, também te tira, nunca podemos ser felizes por completo sem amor. O amor tomou conta de todas as vidas e é por algumas pessoas meramente se apaixonarem que nunca poderão ser felizes.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Amo-te

Não entendo o facto de nos ter-mos afastado. Por mais voltas que dê na minha pequena cabeça não consigo encontrar uma explicação para tudo o que aconteceu nesta minúscula relação que quiseste (ou fingiste querer). Para mim as coisas são e sempre foram simples, nem sabes o quanto detesto pessoas confusas que adoram complicar tudo e mais alguma coisa. Sempre fui muito ambiciosa, e posso admitir que ambiciei por nós, e embora já tenha desistido de te compreender percebo se ainda sentes ambição também. Estavamos num barco e tu quiseste mudar o rumo, não sei se é típico de ti uma vez que não me deste espaço para te conhecer melhor, tudo o que sei de ti é pouco, e deves compreender que para mim tudo isto é muito complicado.
Talvez por já ter passado mil e uma má fases na minha vida queira agora um pouco de paz, acho que mereco. Não sei se é a vontade de ser feliz que não me deixa preocupar e complicar as coisas. Talvez por já terem sido complicadas demais agora se tenham descomplicado, assim como a minha vida.
Não queria que pensasses que não te queria na minha vida, essa é a razão pela qual te escrevo. Eu quero-te na minha vida da maneira mais bonita de sempre, e as coisas são lindas sem complicações. Os problemas não têem de existir. Age livremente porque se gostares de mim eu vou gostar de ti. Se não me abandonares não vais saber o que é passar uma noite sozinho. Se me apoiares eu nunca te vou faltar. Vamos ser um do outro, e tudo o que se complicar? Nós descomplicamos. Beijinho Lindo. jms