Matilde tinha uma paixão. Algo diferente. Já tinha esquecido o seu passado e recuperado de todas as desilusões. Ninguém a ouvia, ninguém percebia que era daquilo que ela realmente gostava. Matilde tinha cabelos loiros, olhos esverdeados que com o brilho do verão se tornavam brilhantes. Corria como uma criança atrás dos seus sonhos. Procurava a sua felicidade nas ruas, pois em casa essa não existia. Em casa tudo era diferente. O seu mundo resumia-se ao seu quarto, aos gritos, ás lagrimas.
Matilde procurava um mundo melhor, uma estrela guia, um dia colorido, umas horas de sossego. Corria em vão. Procurava sempre melhor. Escrevia para se sentir livre, porque apesar de os seus pais lhe darem a necessária, não era dessa que ela precisava. Precisava de algo mais. De um dia fora. Matilde só precisava de alegria, dos seus amigos. Os pais não percebiam. Os pais batiam-lhe assim que Maltide tentava defender o seu grande sonho. Então ela fugiu. Procurou um sítio diferente, uma paz de espírito. Um sorriso verdadeiro.
Tudo mudou, Matilde foi feliz. Não precisava de bens, só se tinha a ela e aquele lugar, rodeado de mar, coberto de flores, de dias bons.
Ás vezes é preciso correr, fugir atrás dos nosso próprios sonhos sem o medo de olhar para trás, sem o medo que a seguir nos prendam. Correr atrás dos nossos sonhos nem sempre pode ser um pesadelo. Correr atrás dos nossos sonhos pode ser tudo aquilo que precisamos para atingir a nossa felicidade.
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