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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Um dia sem coração

Acordei de manhã com alguma preguiça mas consegui despista-la minutos depois de me ter levantado da cama. Pensei para mim logo de inicio que iria ser um dia diferente, com mais sorrisos e brincadeiras, mas enganei-me. Foi igual aos outros ou até pior. O meu telemóvel vibrou e já que não te atendi posso dizer-te tudo o que queria dizer ou a razão pela qual não decidi ligar importância aquela vibração, sentida no meu bolso. O meu telemóvel nunca toca de manhã. Ou pelo menos deixou de tocar quando decidimos cada um seguir o seu caminho. Aquela hora era precisamente quando te levantavas e espreguiçavas diante da janela, que tem uma vista maravilhosa. Quando dei por mim, perdida em pensamentos o objecto dentro do meu bolso já não vibrava e o meu coração palpitava-me de quem fosse a chamada. Com a mão direita puxei do bolso o telemóvel sem que o professor à minha frente não se desse conta e o teu nome apareceu-me no ecrã em letras grandes. Não liguei, nem te devolvi a chamada e posso explicar-te o porquê. Quando estive mal, lembras-te? quando queria tudo menos viver, tudo menos ter de te suportar com outra, tu ignoras-te todos os meus passos que te tentavam reconquistar. Não ligas-te à minha dor e ainda hoje não sei se foi por respeito ou por parvoíce tua.
Ontem queria estar contigo, e não houve uma hora que não pensasse no que estarias a fazer, pensei em ligar-te mas não o fiz. Pensei que se calhar já tinhas seguido com a tua vida, já estarias de sorriso no rosto. Pensei que se entrasse em contacto contigo ia piorar a situação porque te iria relembrar de mim.. Evitei e não pensei só em mim. Pensei em nós, mais em ti até. Hoje que estava de coração fechado ao teu nome e o pensamento bloqueado à tua imagem tu ligas-me. Ligas e estragas tudo. Se eu te respeito porque não és tu capaz de me respeitar a mim? quando sentes saudades só pensas em ti e em mata-las, não pensas que eu já as posso não sentir. Só te peço uma coisa, respeita a minha dor, foste tu a causa-la e eu não quero vingança por isso, nem te peço que sintas arrependimento por tal. Quero apenas que coloques uma fechadura no nosso livro e que quando pensares em abri-lo te lembres que mandas-te a chave fora.

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