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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Um dia sem cabeça

Prometi a mim mesma que sempre que podesse te iria escrever. Não só porque acho uma forma bonita de te mostrar o quanto ainda gosto de ti mas também porque necessito. E não deixo de necessitar. Todas as linhas que escrevo são para ti e de uma forma ausente tu deves perceber isso. As nuvidades que te posso dar minhas não são muitas e são praticamente as mesmas de sempre. Sinto a tua falta. Sinto uma dor que cada vez que me tento ausentar dela me aperta mais o peito, é horrivél. És o meu grande amor, o meu grande sonho e depois de um ano de felicidades e tristezas também, o meu pequeno coração ainda bate por ti. Hoje aconteceu-me uma coisa que me deixou envergonhada. Não envergonhada do nosso amor. Nem de ti, mas de mim própria por ser tão fraca e não conseguir esconder o que sinto.
Sentei-me pronta para começar uma nova aula de matemática e esta era bem mais importante do que as outras e eu não consegui concentrar-me. Obtive os olhos no quadro durante alguns minutos, mas depois, tão rápido como a velocidade da luz passaste-me pela cabeça e mantiveste-te lá. O teu sorriso passava como se fosse um slide, de todas as formas diferentes. As tuas mãos percorriam-me, e os teus lábios acompanhavam-as. De repente comecei a chorar, escorriam lentamente lágrimas pelo meu rosto e eu passava com a mão direita, delicadamente, esquecendo-me onde estava. Mirava extasiadamente as árvores que se agitavam do outro lado da janela e lembrava-me ainda mais de nós. Dos momentos em que sentia frio e tu me abraçavas, e dizias "eu aqueço-te minha princesa". Das vezes que se sentávamos no jardim e me dizias que na nossa casa querias flores assim, querias todo aquele ambiente à nossa volta para nos podermos sentir livres. Há muito tempo que não me sentia assim, e desta vez a saudade não me coube no coração, saiu cá para fora. Mas é estranho sabes? como é que o amor enorme que tenho por ti cabe dentro do meu pequeno e doce coração. Achas que um dia também vai poder sair?

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