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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Eu sinto que ao escrever estas linhas estou a desistir, sinto que estou a trabalhar para te tirar da minha vida. É como arrancar uma crosta de uma ferida, embora doa mais e me sufoque, não consigo dormir, não consigo ter vontade de me levantar da cama, não consigo sorrir estéricamente, divertir-me tragicamente... não sei de mim. Dei-te uma parte de mim que não podes devolver. Sinto-me completamente cansada. Tu não olhas para mim assim, tu não sentes a minha falta quando estás em baixo, tu não precisas dos meus carinhos, e eu... eu preciso de ti. Não é justo e não pode ser.
"Deixa de ser parva" deixaria de ser parva no dia que deixasse de te amar, no dia que deixasse de acordar e adormecer a pensar em ti... Sou parva por isso? Chamas-me parva por isso? Como te atreves?
Sinto que não estou a organizar as palavras, os sentimentos para poder descrever, estou tão cansada que cuspo as palavras umas atrás das outras, questiono-me em tom alto, sei que ninguém ouve, que ninguém me as esclarece. Parece um labirinto e eu estou sozinha, sem saber como daqui sair. Tu não me podes ajudar porque não sentes o mesmo. Porque sei lá... és parvo. Sim tu és parvo, aliás tu é que tens de deixar de ser parvo!! Não vês que estou aqui? que fiz tudo por ti até hoje? que mudo as fases da lua para te por a sorrir? que encaixo a minha vida na tua, que partilho a minha felicidade contigo dia após dia?!

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