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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Carta de despedida


Não te sei dizer se isto será um adeus, um até já ou mesmo um até logo. Sei que em tantas vezes que me senti culpada por isto ter acabado, hoje e daqui a diante nunca mais o irei sentir. E é bastante simples a razão, dei tudo por isto, dei-te uma "casa" onde podes-te ser amado até hoje, dei-te uma "cama" para dormires aconchegado e tudo o que não te dei, acredita que foi mesmo por não ter. Do fundo do meu coração gostava que isto fosse um adeus. Um adeus sincero, puro, e leve, não muito pesado, embora eu gostasse imenso que carregasses esse peso nas costas não quero ser radical com o nosso amor. Amor que chamo breve e impossivél. Quero que seja tudo menos um daqueles dramas em que toda agente chora e sente pena por ter acabado. Se os limites chegaram não os podemos evitar. Sempre achei que o amor é como a morte, não á destino para ele, o amor é independente, quando se quer ir embora não o podemos agarrar mesmo que a nossa enorme vontade seja essa. Temos de aceitar que parta, que siga o seu caminho, que voe livre nas asas de um passaro lindo de penas coloridas. Não consigo aceitar tal coisa e para ser sincera vai custar-me muito, não tanto como custou á uns meses quando decidis-te ir embora. Mas custa. E é mesmo por custar, por me doer, por me apertar o coração como se tivesse um cinto em seu redor, que hoje me despeço de ti e de todas as linhas que te escrevi até hoje.
Sabes que sou loucamente apaixonada por ti, sem pés nem cabeça, contigo e para ti fui um avião que quando partiu nunca teve destino de aterragem, mas mandaste-me abrandar o ritmo, exigis-te demais de mim, e agora cá estou eu, aterrada em mim mesma, sufocada de sentimentos. Quero-te dizer que foste uma coisa intensa que residiu no meu coração até hoje, e sempre vai lá estar uns dias mais escondido, outros mais no exterior e não me acredito que um dia mais tarde consigas sair de lá. Tudo o que passámos foi do mais bonito que alguma vez já vivi. Do amor mais belo que já senti alguma vez. E não quero mais chorar por isto, não quero sentir-me mal quando vir o teu nome nos meus pensamentos e sonhos, não quero ter de olhar para o telemovél e sentir a tua falta e eu sei que um dia isso vai acontecer e talvez seja daqui a umas horas ou minutos. Tu estás presente em mim. Estás comigo e agora que é a altura de me despedir de vez eu sei que te guardo comigo, guardo para que nunca te possas ir embora e que um dia quem sabe voltes, não agora. Sabes que eu, te amo muito, e que este é o mais triste adeus alguma vez escrito. Despeço-me assim de todas estas linhas com um grande abraço, e muitas saudades, Lara Vidal .

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